domingo, 27 de março de 2011

pós modernidade (sem sentido)

O sistema nos divide
o meu pensamento sobrevive
me dizem que isso é pós modernidade
não entendo a sua necessidade
ainda permaneço sem liberdade.

Nesse labirinto ideológico
sem sentido
a práxis torna-se a unica verdade.

sábado, 12 de março de 2011

O Analfabeto marxista

O analfabeto marxista

O mais convecido dos analfabetos
é o analfabeto marxista
ele pensa que é socialista
mas na pratica não é

Ele acha que por meio de organizações burocráticas
como o partido político e o sindicato
da luta no parlamento e pela conquista do poder estatal
chegará ao socialismo

O analfabeto marxista
é tão burro
e estufa o peito dizendo
que é a vanguarda do proletariado

Não sabe o imbecil que
da má literatura sobre Marx
nasceu a teoria da vanguarda
e o pior de todos, o falso socialista
que é o burocrata opressor
que luta para conquistar o poder
para implantar o capitalismo de estado.

Jayro de Sousa


encontrado em: http://spjayrosousadf.blogspot.com/

quarta-feira, 9 de março de 2011

Ode ao burguês (poema de Mário de Andrade)

Eu insulto o burguês! O burguês-níquel
o burguês-burguês!

A digestão bem-feita de São Paulo!
O homem-curva! O homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!

Eu insulto as aristocracias cautelosas!
Os barões lampiões! Os condes Joões! Os duques zurros!
Que vivem dentro de muros sem pulos,
e gemem sangue de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os "Printemps" com as unhas!

Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o êxtase fará sempre Sol!

Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
Ao burguês-cinema! Ao burguês-tiburi!
Padaria Suíssa! Morte viva ao Adriano!
"- Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
- Um colar... - Conto e quinhentos!!!
Más nós morremos de fome!"

Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! Oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante!

Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!

Fora! Fu! Fora o bom burguês!...


Mário de Andrade

sábado, 5 de março de 2011

O protesto

Protesto contra o mal da força e o da justiça:
Um degrada a fraqueza, outro excita à agressão;
Contra a fé que reduz o homem a alma submissa,
Iludindo-o com os céus que nunca se abrirão.

Clamo contra o senhor, clamo contra a cobiça,
Inventora de leis, criadora da opressão.
Sou Spártacus e odeio a pátria se esperdiça
Meu sangue e faz, do suor, esforço hostil ou vão.

Bradam, no meu protesto, os prantos do passado...
Ira acesa de todo um mundo sofredor;
Mártir do amo, do rei, do padre, do soldado!

Sou a nova intuição contra a lei do Senhor;
Sou a ação que destrói a moral do pecado,
Para erigir o orgulho e libertar o amor.

(OITICICA, 1919)

quarta-feira, 2 de março de 2011

A verdadeira Revolução

Vejo essa sociedade e a podridão que simboliza
Vejo o grupo de sonhadores que com ela rivaliza

Vejo e sinto o peso da ordem que escraviza
Me uno ao sonhadores, me faço um anarquista
na batalha me lanço, como lutador propagandista
pois sei que a vitória só com o povo se conquista

Ao povo trabalhador deixo este refrão:
Se desejam a verdadeira revolução
rechacem ao líder fanfarrão.
A chave da emancipação
não a procurem em chefes ou governos
Basta a vocês olhar direito
não para cima mas para o próprio peito
e aí a encontrarão

Logo se vê a diferença que têm
entre os libertários e os rebeldes bolchevistas
que querem a revolução como um trem
que promete chegar a terra prometida
seguindo os trilhos da estatal burocracia
conduzido por seu líder, -o maquinista-
onde o povo não é protagonista,
mas simples refém
a olhar pela janela do vagão
com desdém
desilusão
se sentindo usado como bucha-de-canhão
ao ver sua bela revolução
se degenerar em uma nova tirania.

Não meus irmãos !
Não se percam na cruel ilusão
de um governo novo que fará transformação
Estado significa opressão, ditadura, hierarquia,
essa é sua trilha nunca irá por outra via
E aí reside o valor da anarquia
que a todo poder proclama antipatia
em nome da autogestão

O segredo para nosso sucesso
que leva ao mundo novo de harmonia e união
reside que o povo tome todo o processo
em suas próprias mãos

Que no campo ou na fábrica
não haja proprietário nem patrão
para que o povo que trabalha
seja senhor da produção
junto com mais camaradas
faça o transporte e distribuição
e outros que prestando serviços diversos
dêem sua contribuição
seja na área da saúde ou da beleza
limpeza urbana ou construção
Que tudo seja para todos e não de alguns um luxo
onde a produção não sirva ao comércio e lucro
mas sim para atender as necessidades da população.

Por isso o trabalho não será mais excessivo,
estressante, degradante e cansativo.
Será um meio de alegria e satisfação.
e em todo tempo livre que terão
o povo livre poderá se dedicar
às ciência, artes e diversão.

Assim, no lugar do estado e governo acabados
deve figurar o povo livre associado
organizando sua auto-administração.

No lugar da polícia e exército derrotados
deve figurar o povo armado
fazendo sua auto-proteção.

Um vez efetivada essa verdadeira revolução
logo virá sua alastração
pelos povos mundo afora
daí em diante a divisão do planeta
em países e territórios, não mais vigora
se abolirá toda fronteira
é o fim da divisão
a raça humana comporá uma só nação
que caminhará livre por sobre a terra

Nessa altura de evolução
já não haverá mais razão
para o estoque de armas de guerra
Com todos os opressores derrotados
e o povo todo libertado
elas servirão somente aos museus
como velhos artefatos
para ser observados

E se algum desentendimento surgir
Logo irá se descobrir
uma boa solução
com tranqüilidade, diálogo e conversação

No mundo livre as novas gerações
levantarão muitas questões
quando a curiosidade os levar
a estudar o passado.

Olhando o presente em que vivemos
e outras épocas de opressão
Se perguntarão a respeito daqueles coitados
que aceitaram viver por tanto tempo
de modo tão desgraçado
sem depressa terem se rebelado.

(Luiz Aurélio)

terça-feira, 1 de março de 2011

Musica: Luta


oooooooooo a luta vai começar
oooooooooo o capitalismo vai acabar
oooooooooo para a autogestão  iniciar

João é salariado
Fica todo dia arrasado
Tendo que trabalhar
Para a família sustentar
Refrão:
Ooooooooooo João
Vai luta pela autogestão
Vai se unir a revolução
É o fim da exploração

 João sofredor
Do seu suor
Sai a dor
O seu patrão explorador
Não fala em amor
Refrão:
Ooooooooooo João
Vai luta pela autogestão
Vai se unir a revolução
É o fim da opressão


 a liberdade
É a oportunidade
Para o fim da exploração
Acabar com a reprodução.
Refrão:
Ooooooooooo João
Vai luta pela autogestão
Vai se unir a revolução
É o fim da representação

João é o cara legal
na luta contra o capital
vamos lutar
trabalhadores  em todo o lugar
o acompanhar
a opressão vai acabar.

Refrão:
Ooooooooooo João
Vai luta pela autogestão
Vai se unir a revolução
É o fim dessa questão



Letra: Adriano José