Protesto contra o mal da força e o da justiça:
Um degrada a fraqueza, outro excita à agressão;
Contra a fé que reduz o homem a alma submissa,
Iludindo-o com os céus que nunca se abrirão.
Clamo contra o senhor, clamo contra a cobiça,
Inventora de leis, criadora da opressão.
Sou Spártacus e odeio a pátria se esperdiça
Meu sangue e faz, do suor, esforço hostil ou vão.
Bradam, no meu protesto, os prantos do passado...
Ira acesa de todo um mundo sofredor;
Mártir do amo, do rei, do padre, do soldado!
Sou a nova intuição contra a lei do Senhor;
Sou a ação que destrói a moral do pecado,
Para erigir o orgulho e libertar o amor.
(OITICICA, 1919)
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