segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Dias atuais

Sentado no meu quarto,
me ponho a produzir um poema,
mas do que falar?
sobre os amores?
sobre as dores?
sobre as paranóias?
ou anedotas?
Vem a mente de repente,
que tal falar sobre o seu dia?
Meu dia?
isso me arrepia,
meu dia
é o mesmo de todos os dias,
acordo as 7 horas,
tenho que trabalhar,
apesar de não querer ,
sou obrigado,
a se rebaixar.
A minha vontade
se encontra com a minha liberdade,
preso a minha necessidade.
Não falarei do meu trabalho.
Que tal falar sobre a minha diversão?
A minha diversão é a distração da televisão.
Já sei.
Não falarei, apenas recordarei,
aquele mês,
A luta contra o patrão,
a nossa decisão,
De não trabalhar
e de protestar.
Isso nos fez acordar,
A nossa luta produziu a reação,
contra a exploração.
Como boas pessoas que são,
o sindicato proibiu a nossa ação,
dizendo que isso era autogestão,
isso é ilusão.
Como resposta:
_Não vem dizer o que fazer,
Eu não vou te obedecer.
Não vou esperar, a sua boa vontade de nos ajudar.
Foi nítida a reação,
A polícia em ação.
A batalha foi perdida,
Mas a guerra será vencida.

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