O Exótico Reino de Minagerê
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| Foto da inauguração do Palácio de Jereré sede do governo real de Minagerê | 
O Exótico Reino de Minagerê 
  A  queda de Muamar Kadhafi provocou uma onda de estudos a respeito dos  modelos de governo existentes no mundo. Recentemente a Foolish Talk  Fudetion convidou um seleto grupo de pesquisadores para o seminário  World Democracy realizado entre os dias 29 e 30 de agosto deste ano na  cidade de Nova York à custa da renuncia fiscal e manutenção dos cortes  na saúde e educação.  
Dentre  os participantes do seminário encontrava-se o especialista em qualquer  coisa da Universidade Globo-News e membro visitante do Centro de  Elevadíssimos Estudos em Qualquer Assunto de Defesa do Governo da Royal Academy Itatiation, de Londres, o brasileiro Ambassay Tuphy Guaraná. 
Durante o seminário World  Democracy o professor Guaraná apresentou o seu novo Livro, ainda sem  tradução para o português, intitulado The exotic kingdom of Minagere. O  trabalho do professor Guaraná, apesar de sua recente publicação, foi  considerado por Charles Viena, Shameless Sycophant Master da Royal Academy Itatiation, como o mais completo estudo político dos últimos 30 anos.
Considerando  a importância do tema o nosso Blog procurou o professor Guaraná que  concordou em escrever com exclusividade uma apresentação de seu livro  cujo teor, após negociações com a Secretária da Educação, será utilizado  nas aulinhas do professor Anastasia na televisão. 
O  título provisório será O EXÓTICO REINO DE MINAGERÊ diante da  possibilidade de troca deste a critério da Editora detentora dos  direitos no Brasil.
Ambassahy Tuphy Guaraná
O  Reino de Minagerê encontra-se encravado no interior do vasto império de  Brabil na região central da África. Geograficamente, conforme é  possível concluir em função da dupla condição interiorana, Minagerê não  possui acesso ao oceano criando sérios problemas comerciais e culturais  para a nação. Segundo o antropólogo francês Jean Palpitet, em estudos  realizados no século passado, “o isolamento geográfico do Reino de  Minagerê possibilitou a manutenção do poder em grupos familiares”.
Estas  famílias constituem a nobreza local e seus chefes geralmente são  educados no exterior e somente retornam no momento de assumirem a vaga  herdada. Atualmente o controle político encontra-se com a dinastia Never  [1]  no poder desde os anos 80 do século XX. Entretanto esta data nada  significa para a população, pois seguindo os costumes do reino os  governantes desta família descendem  de um ser mitológico que teria  criado todo o universo. O nome desta divindade é Tancreno Otal[2]. Daí a crença popular na atemporalidade do poder.
O  regime político de Minagerê guarda elementos teocêntricos tendo a  figura do sacerdote supremo ou Balacobaco, no idioma Bundah, a função de  chefe político e religioso somado a sua condição divina. 
Em  2010 diante da pressão dos órgãos internacionais ocorreu uma ligeira  mudança na organização política de Minagerê quando o Balacobaco, Aéquio  Never, transferiu-se para a cidade sagrada de Bradilia deixando a  administração política do reino para um príncipe adotado por sua família[3].
Esta  modificação política, segundo os oposicionistas, não resultou em  práticas democráticas tendo em vista o reduzido poder do governante  político ou Caô, no idioma local, cujas decisões – exceto aquelas  relativas a decoração do gabinete – precisam ser submetidas ao  Balacobaco.
 Além  desta pouca autonomia do Caô reclamam ainda os oposicionistas da  inexistência de um poder legislativo. Em Minagerê existe apenas uma  Assembleia Homologativa e seus membros devem jurar obediência não ao  Caô, mas ao Balacobaco possuindo estes parlamentares como única  prerrogativa o direito de semestralmente apresentarem pedidos no templo  recebendo em troca prioridade de atendimento por parte do Balacobaco.
 O Caô apesar de seu pequeno poder, devemos reconhecer, instituiu algumas modernizações políticas e econômicas em Minagerê. A  primeira delas foi abdicar do direito de ser carregado em andor durante  suas visitas oficiais. Esta decisão, todavia, seria uma pressão da  Organização Internacional do Trabalho incomodada com as queixas dos  carregadores de andor que reclamavam do peso excessivo. O Caô de  Minagerê pesa 130 quilos e recebeu o título popular de Anasthesia o  Farto[4]. 
A  dimensão do governante também gerou problemas de ordem religiosa, pois o  Caô é considerado uma divindade menor com direito a representação no  templo em um pequeno altar aos pés da estátua do Balacobaco. Entretanto  os artistas ainda não conseguiram esculpir uma imagem de Anasthesia nas  proporções do nicho reservado ao governante. 
 Enquanto  verificamos transformações nos rituais e cerimoniais em Minagerê de  caráter modernizante o mundo do trabalho continua submetido às regras  milenares. O Caô resiste em abolir a escravidão principalmente a dos  professores e este fato tem gerado problemas políticos não somente a  divindade menor, mas ao próprio Balacobaco. 
Recentemente  o Banco Mundial condicionou a liberação de empréstimos para a  continuidade das obras do palácio de Jereré a extinção do regime de  escravidão dos professores e elevação destes a condição de servos. O  Caô, pressionado, concordou em oferecer aos professores uma pensão para  compra de alimentos equivalente a R$712,00 e ainda surpreendeu o Banco  Mundial ao promover um grupo social da condição de escravos a pedintes  livres.   
A  modernização econômica ainda não foi capaz de alterar a cultura e o  povo de Minagerê, em função de seu isolamento geográfico, possui uma  crença na qual todos os prédios, viadutos e ginásios esportivos  localizados em seu território seriam os maiores e melhores do mundo.  Esta tradição cultural facilita o esbanjamento de recursos do governo em  obras caras, desnecessárias e sem valor prático para a população.
Este  fato é apontado por estudiosos da economia como um dos fatores da  ineficiência dos serviços básicos cujo funcionamento somente encontra-se  de forma plena nas orações do templo quando são oferecidas a população  imagens, através de uma grande tela de LCD, de um reino feliz e que não  para de crescer. Talvez este fato explique a forma física do Caô.
O  palácio de Jereré é apenas um destes pontos de gastos exagerados.  Localizado nas imediações da antiga capital sob solo calcário e sujeito a  inundações o luxuoso prédio foi erguido após um profeta local ter  sonhado, a menos de 5 anos, com uma imensa valorização dos imóveis da  região.  
Para  este território encantado foi transferida toda a corte e naturalmente  os servos. O terreno foi declarado sagrado e tornou-se proibido ao  acesso do povo e mesmo os servos podem por lá permanecer somente o tempo  suficiente do desempenho de suas obrigações. Além do palácio o Caô  também financia, com dinheiro dos cofres reais, a construção de  gigantescos estádios de futebol que em sinal de generosidade serão  doados, no seu devido tempo, à empresas privadas internacionais dando  provas da modernidade econômica local. 
No  aspecto administrativo, apesar da outorga de uma Constituição que  separa o poder religioso e político, na prática, o Balacobaco controla  todos as decisões políticas e econômicas de Minagerê. Dividindo o seu  tempo entre  a cidade sagrada de Bradilia, capital do império de Brabil,  e outra mais agradável localizada no litoral, procura aumentar o seu  poder para  a totalidade dos territórios autônomos do império e segundo  especula-se busca ocupar a condição de Esquindô Lelê  equivalente ao  posto de deus maior do império. 
No  litoral o Balacobaco é adorado pela elite política e guardas de  transito existindo um templo em sua honra no qual pratica-se um antigo  ritual do bafometronum marcado pelo consumo de uma bebida ritualística  cujo mome foi traduzido somente para o inglês: O whisk a go go[5]
O  império de Brabil também apresenta as suas curiosidades, mas trata-se  de um próximo estudo. Para satisfazer a curiosidade do leitor apenas  adianto tratar-se de um vasto território governado também de forma  teocrática por uma rainha considerada deusa e segundo a crença local  possuidora de poderes mágicos que permitem a multiplicação de dinheiro  dos banqueiros. Assunto para um próximo texto.
[1] O nome original da dinastia em  idioma Bundah  – falado somente pelas elites locais – é Khambhadadioportunnistah. O  pesquisador inglês Olav Kafunga, no século 19, traduziu por “I do not agree with this nonsense”  A tradução criou embaraços diplomáticos e o nome, em inglês, foi  reduzido para Never tornando-se, desde então, norma nos textos  internacionais. 
[2]  Tancreno Otal, divindade da mitologia de Minagerê, é repesentado nos  templos por um muro no qual são colocados bonecos equilibristas.
[3]  Minagerê apresenta a adoção como forma de manutenção das dinastias este  aspecto seria, segundo o historiador John Semassunto, uma prática  herdada de Roma. 
[4] No idioma local o termo é Homidabundagrandi
[5]  O nome da bebida em idioma bundah é aguaquepassarinhonumbebhe e foi  traduzida para o inglês por Whisk a go go diante do elevado teor  alcoólico presente no liquido ritualistico. O professor Márcio Doc, da  Royal Academy Itatiation, classificou a bebida de divina e guarda em sua  casa uma garrafa com a urina do Balacobaco, obtida após uma cerimônia,  somente servida em ocasiões especiais. 
 
  
  
continuação do texto:
ResponderExcluir[1] O nome original da dinastia em idioma Bundah – falado somente pelas elites locais – é Khambhadadioportunnistah. O pesquisador inglês Olav Kafunga, no século 19, traduziu por “I do not agree with this nonsense” A tradução criou embaraços diplomáticos e o nome, em inglês, foi reduzido para Never tornando-se, desde então, norma nos textos internacionais.
[2] Tancreno Otal, divindade da mitologia de Minagerê, é repesentado nos templos por um muro no qual são colocados bonecos equilibristas.
[3] Minagerê apresenta a adoção como forma de manutenção das dinastias este aspecto seria, segundo o historiador John Semassunto, uma prática herdada de Roma.
[4] No idioma local o termo é Homidabundagrandi
[5] O nome da bebida em idioma bundah é aguaquepassarinhonumbebhe e foi traduzida para o inglês por Whisk a go go diante do elevado teor alcoólico presente no liquido ritualistico. O professor Márcio Doc, da Royal Academy Itatiation, classificou a bebida de divina e guarda em sua casa uma garrafa com a urina do Balacobaco, obtida após uma cerimônia, somente servida em ocasiões especiais.
texto reitado do blog: http://grevepromg.blogspot.com/2011/09/foto-da-inauguracao-do-palacio-de.html
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